02 dezembro 2013

EM NOME DA "EUROPA SOCIAL"... Governo francês tenta travar Marine le Pen

O governo francês toma medidas para travar a popularidade e o crescimento eleitoral de Marine Le Pen

"Trabalhadores europeus em França pagam factura da força de Le Pen"

Segundo números que circulam na imprensa, existirão neste momento em França 350 mil trabalhadores "destacados", sobretudo vindos de alguns países do leste europeu, como a Polónia e a Roménia, mas também de Portugal e da Espanha.

A seis meses das eleições europeias, o Governo pretende travar o forte crescimento eleitoral da FN, o partido populista e antieuropeu de Marine le Pen que, neste domínio, defende a "preferência nacional" dos franceses no acesso ao emprego em França. De acordo com algumas sondagens e segundo a líder nacionalista, a Frente Nacional poderá vencer as eleições europeias da próxima primavera.
De acordo com um comentário da rádio pública francesa France-Inter, a diretiva europeia foi desviada da sua vocação inicial, que era facilitar as transferências provisórias de mão de obra no seio da União Europeia. "Hoje, diz um analista desta rádio, as empresas servem-se dela para criar redes low cost com uma mão de obra 30% a 50% por cento mais barata".

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/trabalhadores-europeus-em-franca-pagam-fatura-da-forca-de-le-pen=f844021#ixzz2mJgGBzS1

REPUBLICA PORTUGUESA COMETE MAIS UM CRIME ECONÓMICO

Viana do Castelo está "de luto" pela morte dos Estaleiros - Autarca
O presidente da câmara de Viana do Castelo acusou o Governo de "gestão danosa dos dinheiros públicos" no processo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), afirmando que a cidade minhota está "de luto"

12 novembro 2013

"OS BONDOSOS" TENTÁCULOS DO POLVO, NA GLOBALIZAÇÃO


Rotary, Lions e Maçonaria: existe alguma relação?


Johnny T. Bernardo
Entre a metade do século XIX e os primeiros anos do século XX vários grupos de ajuda humanitária surgiram em todo o mundo. Em torno deles, a polêmica: seriam clubes de serviço ou sociedade secretas? São muitas as opiniões a esse respeito. Elks (1868), Rotary (1905), Kiwanis (1915) e Lions (1917) entraram em evidência. Foram os precursores de uma nova modalidade de clube, onde ao invés de lazer prega-se a “ajuda humanitária”. Os membros se reúnem semanalmente com o objetivo de unir esforços e recursos financeiros a fim de financiar projetos de ajuda a pessoas carentes e comunidades necessitadas. No entanto, para alguns pesquisadores a “ajuda humanitária” seria apenas uma fachada para esconder sua verdadeira identidade.
Entre os clubes de serviço, o Rotary é o que mais se destacou e em cuja organização estão a maioria dos maçons de nosso país. Apesar de negar qualquer relação com a maçonaria, existem evidências que comprovam seu envolvimento. Na verdade, o Rotary é apenas mais um dos muitos braços da Maçonaria.
O que é o Rotary?
Segundo nos informa o site oficial da organização, o Rotary é uma rede mundial de voluntários dedicados à prestação de serviço social. Fundado em 13/2/1905, em Chicago, EUA, a instituição tem como lema “dar tudo de si sem pensar em si”. Suas metas são “melhorar a qualidade de vida da humanidade reduzindo disparidades mundiais em áreas como saúde, educação, agricultura, saneamento, recursos hídricos e pequenos negócios”, assim como promover a paz e a harmonia entre os homens. Não sectários e apolíticos, os Rotary Clubs são abertas a todas as raças, culturas e credos, e estão espalhados por diversas partes do Brasil e do mundo. Homens, mulheres, jovens e adolescentes integram os diversos programas da ong. Para os jovens de 14 a 18 anos, o INTERACT. Para os universitários formadas entre 18 e 30 anos, o ROTORACT. Após os 30 anos, o cidadão pode ser membro efetivo do Rotary.
Como tudo começou
Nascido em Racine, Wisconsen (EUA), no dia 19/5/1868, Paul Percy Herris foi o segundo dos seis filhos de Gerg N. Herris e Cornélia Bryan Herris. Aos três anos de idade foi morar em Wallingford, Vermont, com seus avós paternos, que o criaram. Casou-se com Jean Thompson (1881-1963), mas não tiveram filhos. Formou-se em Direito pela universidade de Iowa e obteve o título honorário da universidade de Vermont.
Paul Herris trabalhou como repórter de um jornal, foi professor de economia, ator e caubói. Em 1896 decidiu advogar em Chicago. Certa noite, durante uma caminhada após jantar na casa de outro advogado, Paul Herris, depois de ser apresentado a alguns amigos do seu colega que eram proprietários de casas comerciais naquele bairro residencial de Chicago se lembrou da vida na cidade de New England onde cresceu. Esse episódio inspirou Harris a organizar um clube, sem “restrições políticas ou religiosas”, para que executivos e profissionais liberais tivessem a oportunidade de desfrutar de companheirismo e estabelecer novas amizades.
Juntamente com Silvester Shile, comerciante de carvão, Gustavus Loehn, engenheiro de minas e Hiram Shorey, alfaiate, Harris formou o primeiro clube. O clube recebeu o nome de “Rotary” devido ao fato de que seus membros se reuniam em rodízio nos respectivos locais de trabalho. No terceiro ano do clube, Harris assumiu a presidência e decidiu que a idéia do Rotary deveria ser expandida para outras cidades e países. Em 1912, após a formação de clubs no Canadá e Inglaterra, a organização passou a se chamar “Associação Internacional dos Rotary Clubs”. Com o passar do tempo, abriram-se filiais na Europa, América do Sul, África e Ásia. Em 27 de janeiro de 1947, por ocasião da morte o Presidente Emérito do Rotary Internacional, Paul Herris, havia cerca de 6000 rotary clubs pelo mundo todo.
Uma entidade filantrópica?
Usando a mesma estratégia da Maçonaria e de outras sociedades secretas, o Rotary Club afirma ser apenas uma “entidade filantrópica”, não sectária e apolítica. Entretanto, sabemos que isso não é verdade. Além de algumas semelhanças com a Maçonaria, os rotarianos estão profundamente envolvidos com a política. Em algumas cidades do Brasil, como em Cotia e Ribeirão Pires (SP), ao lado do logotipo da cidade pode ser ver o símbolo do Rotary Club. A maioria dos rotarianos são políticos e muitos deles estão envolvidos na administração de várias cidades e estados do Brasil.
Provas documentais
A relação entre o Rotary Club e a Maçonaria é algo incontestável. Prova disso é que lojas maçônicas amplamente divulgas na Internet destacam ambos os fundados do Rotary e Lions, Paul Herris e Melvin Jones, como maçons. É o que encontramos no site brasilmaçon.com.br.
“Maçons famosos fundaram entidades que prestam serviços a humanidade, como Os Escoteiros, por Robert Power; o Rotary, por Paul Herris; o Lions, por Melvin Jones; o grupo de jovens de Demolay, por Frank Sherman Lan.”
É praticamente impossível desassociar a imagem do Rotary da Maçonaria, até porque existem muitas evidências entre uma e outra sociedade. As características comuns a essas organizações como a composição, exclusivamente masculina, do seu quadro de membros efetivos e o método de ingresso dos novos sócios, isto é, previamente selecionados por uma comissão eletiva, são evidências que demonstram a ligação entre as sociedades.
Recentemente, objetos confirmando as suspeitas de que algumas lojas maçônicas eram compostas, exclusivamente, por rotarianos, vieram à tona. Um dos casos é da loja Rotaria número 4195 de Londres, cujas correspondências destacavam carimbos da ong e os típicos compassos com a letra “G” em evidência, símbolo internacional do Rito Escocês.
Entre os anos de 1928 e 29 houve uma campanha internacional contra o Rotary liderado pelo jornal La Civilla, de Roma, que destacava que o”código de ética do Rotary apregoava princípios semelhantes ao da Maçonaria, e que os ensinamentos filosóficos e morais tinham cunho religioso”. Distribuído em vários países, o jornal defendia a ideia que o clube era “demasiadamente amigo dos maçons” e “perigosamente inclinado ao erro de tratar todas as religiões de igual valor”.
A loja maçonica Paul Herris
Em São Paulo funciona desde 1981 a “Loja Maçônica Paul Herris”, em uma referência ao fundador do Rotary. Organizada por Maurice Alfred Sommer, a sociedade se diz ser herdeira dos ensinos de Paul Herris. Vejamos o que diz um dos panfletos da organização.
“A história da loja maçônica Paul Herris começa com o Rotary, já que Paul Herris, seu fundador, era maçon, conforme consta nos arquivos, e por isso existem muitos pontos em comum entre o Rotary e a Maçonia, como o combate ao egoísmo, o respeito a igualdade absoluta de direitos e a todas as crenças religiosas e que cada um seja feliz com sua crença.
No ano de 1981, o irmão Maurice Alfrede Sommer, na época membro do Rotary de Sumaré (SP), sabedor que o fundador do Rotary fora maçon, convocou alguns rotarianos para prestarem uma homenagem póstuma a Paul Herris, outorgando-lhe o patronato da loja que pretendia fundar. Em uma reunião realizada no restaurante Don Ciccilo, na Água Branca, com a presença de cinco rotarianos (Maurice Sommer, João Forte, Gilberto Leite, Justino de Matos, Victor Kothe) e mais dois iniciados (Romão Gomes e José Gouveia), expôs suas ideias.
Aos 29 de junho de 1981 após um trabalho incansável do irmão Maurice, reunindo quinze irmãos, consegui instalar a loja, que é subordinada ao Grande Oriente de São Paulo e federada ao Grande Oriente do Brasil, sendo o venerável da fundação o irmão José Caparroz Sallas. A primeira reunião foi realziada no templo da Unificação, sito na Av. Fagundes Filho, 671, Oriente de São Paulo, sob a presidência do venerável Sallas. O estandarte da loja é descrito obedecendo os seguintes princípios.
a) em veículo azul claro;
b) no centro a engrenagem do Rotary em suas cores originais, substituindo-se os raios pelo esquadro e o compasso na cor dourada contendo no centro a letra “G” em vermelho;
c) abaixo da engrenagem colocar-se-á o nome Paul Herris e abaixo do nome a data de fundação.
Dos 15 irmãos que fundaram a Loja Maçônica Paul Herris, sete eram rotarianos e outros três foram admitidos no Rotary Club de Sumaré.
A Maçonaria caminha com o Rotary, em busca de FRATERNIDADE, RESPEITO E TOLERÂNCIA. A liberdade de ação e a igualdade de direitos, não poderiam, por isto, deixar de orientar a conduta de seus membros na luta por ideais elevados.
Traçando este paralelo, a Ordem Maçônica palude a existência do Rotary, que chegamos a apelidar de ‘Maçonaria Branca’, já que acreditamos que Paul Herris tenha se baseado na Maçonaria para elaborar o manual de procedimentos rotários, e isto facilmente poderá ser comparador por qualquer rotariano observando uma sessão branca maçônica” (Nossa História).
http://www.genizahvirtual.com/2011/05/rotary-e-maconaria-existe-alguma.html


21 janeiro 2013

FILHO DO "POVO" PRESIDE À REAL DO RIBATEJO


Filho do "povo" e sem títulos académicos, por «razão» e «coração» preside à Real Associação do Ribatejo organização local pertencente à estrutura nacional da Causa Real de Portugal, como sublinha, José Carlos Ramalho reconhece que é difícil mobilizar pessoas para a causa sem ter nada para dar em troca. Natural de Benavente, passou parte da infância em Marinhais, fez a vida profissional em Lisboa e actualmente vive em Almeirim. Diz que falta sensibilidade a alguns autarcas para a preservação do nosso património histórico e admite que não acredita vir a assistir à restauração da monarquia. Uma entrevista na altura em que a Real Associação do Ribatejo celebra 25 anos.

"Se mandarem os reis embora, hão-de tornar a chamá-los". O vaticínio é atribuído a Alexandre Herculano, encontra-se inscrito no blogue da Real Associação do Ribatejo na Internet, mas até à data não se concretizou. Pelos vistos os portugueses não sentem saudades da monarquia.
Só passaram cem anos e a manipulação existe não só na falta de informação que chega à população como também nas próprias escolas. As nossas criancinhas, e eu vejo pela minha neta, quando chegam ao 25 de Abril escrevem de acordo com aquilo que os professores querem que elas escrevam. Estão a ser formatadas.
É o reflexo da História ser escrita pelos vencedores, como se costuma dizer.
Mas pode ser uma História mentirosa. A República faliu pela segunda vez e a democracia não entrou em Portugal com o 25 de Abril. Entrou para aí em 1820 quando veio o rei maçon D. Pedro brigar com o irmão D. Miguel e instituir a Carta Liberal.
O regime democrático ainda continua a ser o menos mau, dizia Churchill.
Sim, mas eu não sei exactamente o que é a democracia. Ainda tive esperança no 25 de Abril de 1974 de viver em democracia, mas realmente vivemos é numa partidocracia. Não tenho dúvidas. Dos partidos políticos sai aquela gente que faz as leis, que vai governar, etc... E depois, quando terminam os seus mandatos de Governo ou de deputados, arranjam sempre uns lugares nas administrações de empresas, como Jorge Coelho ou Ferreira do Amaral.
Esse argumentário podia ser perfeitamente partilhado pelos líderes do PCP ou do Bloco de Esquerda.
São coisas concretas, reais, e tanto se dá que as digam o PCP ou outro partido qualquer. O que nos interessa é a verdade.
Pode dizer-se que a causa monárquica está bem viva no Ribatejo?
A causa monárquica tem uma implantação territorial por distrito. Temos inscritas na Real Associação do Ribatejo cerca de 636 pessoas. No Ribatejo acompanhamos 30 municípios, o que é muito. Em termos de actuação prática temos muita dificuldade porque por vezes as pessoas só aderem a certas causas se tirarem alguns dividendos. Temos grandes dificuldades em realizar acções, precisamente por isso. Além disso, as pessoas não têm dinheiro e a nossa perspectiva a curto prazo também não é concretizável, dado o sistema que se implantou.
Em termos políticos não há praticamente organização. Não há movimentos monárquicos a concorrer, por exemplo, nas eleições autárquicas. Porquê?
Essa é uma questão para os partidos políticos.
Mas existe um Partido Popular Monárquico.
Mas não tem nada a ver connosco. É um partido da República também, só que é formado por gente monárquica. Aliás, é um partido que até há bem pouco tempo teve uma pessoa à frente que é, direi, inimiga do senhor D. Duarte. É um senhor que canta o fado e de que me abstenho de dizer o nome.
Não seria lógico que os monárquicos se agregassem em torno do seu partido?
Não. A monarquia está acima dos partidos políticos, embora haja muita gente nos partidos que é adepta da causa. E ainda bem, deviam ser todos, porque é uma questão de regime que está em causa.
As ideias monárquicas são muitas vezes associadas a certos conceitos ou tradições, como a festa brava, o fado ou o mundo rural. Faz sentido essa conexão?
Faz todo o sentido. Quem, mais do que o arquitecto Ribeiro Teles, defendeu as questões ecológicas? Quem é que a nível das organizações se indignou contra a construção de tantos estádios de futebol em vez de terem construído hospitais? Foi o senhor D. Duarte. Os monárquicos interessam-se por tudo e na zona do Ribatejo a tourada para nós é muito importante. Mas respeitamos quem não gosta. Não gostamos nada é do fanatismo.
Santarém, Tomar, Almeirim e Salvaterra de Magos são localidades que tiveram muita importância em certos períodos da monarquia. Essa memória tem sido bem preservada?
Talvez não tenha sido muito bem preservada nalguns casos. Tem a ver com a sensibilidade dos autarcas. Mas, curiosamente, em Salvaterra de Magos, onde é presidente uma senhora do Bloco de Esquerda, já vi coisas muito interessantes, como a recuperação da falcoaria. Há dias houve lá uma representação sobre a chegada da corte a Salvaterra. Tenho visto coisas muito bem feitas por aí.
O antigo Paço dos Negros, em Almeirim, merecia mais atenção?
Em Almeirim, pelo que me apercebo, os vestígios foram quase todos apagados. Há um projecto de um arquitecto que seria de desenvolver, de construir uma réplica virtual desses sinais, à semelhança do que acontece no centro de interpretação da batalha de Aljubarrota.
* Entrevista completa na edição semanal de O MIRANTE.