17 agosto 2008

Sampaio, Sócrates, Durão... & CIA

OS MANDANTES DOS CRIMES NO IRAQUE


"faltou um movimento nacional que retire a concentração de Lisboa e dê voz ao resto do país"

Porto Santo, 17 Set(Lusa) 

O presidente do PSD/Madeira afirmou sexta-feira, no Porto Santo, que o primeiro-ministro é "perigoso" e defendeu "um movimento nacional que retire a concentração de Lisboa e dê voz ao resto do país".
José Sócrates foi o alvo das críticas do comício do PSD/Madeira na Ilha Dourada, que é considerado a "rentrée" política dos sociais democratas nesta Região Autónoma, que encheu o Largo das Palmeiras, o centro da cidade no Porto Santo.Jardim surgiu no palco bem disposto, ao pulos ao som do "quem não salta não é da jota" e do "glorioso PSD", começando por anunciar a recandidatura do actual presidente da Câmara Municipal desta ilha, Roberto Silva, nas próximas eleições autárquicas de 2009."José Sócrates é perigoso porque está muito discretamente a construir um estado policial" em Portugal, disse Jardim, utilizando expressões como "fascistas", "mafiosas" e "intuitos ditatoriais" para classificar as posições assumidas pelo primeiro-ministro.Realçou que no meio das suas políticas e das ditas "causas fracturantes", Sócrates "esconde um projecto totalitário, reforçando os poderes da polícia e contentando o grande capital"."Nós temos de mudar isto e fazer uma forte campanha eleitoral para dar uma banhada nas próximas eleições", sustentou, adiantando ser "tempo de haver oposição em Portugal".Jardim defendeu ser necessário "mudar Portugal, não apenas no governo, mas o sistema político que dá de comer a muitos medíocres e oportunistas".Falou da Constituição da República de 1976, dizendo que foi "ineficaz" porque pôs o país a funcionar mal, "servindo para uma mediocridade crescente da classe e partidos políticos"."Haverá um novo movimento político nacional para retirar a concentração financeira de Lisboa, dando voz ao resto de Portugal, que faça a distribuição justa da riqueza", afirmou o líder madeirense.Jardim criticou a injustiça do tratamento dado à Madeira pelo governo central, realçando que esta região "nunca traiu, nunca criou a Portugal os problemas que surgem noutras regiões", apontando os casos dos conflitos em Espanha com o país Basco, França com a Córsega ou Rússia com a Geórgia.Considerou também que os "números" relativos a diversas realidades como o desemprego e pobreza, divulgados pelas estatísticas em Lisboa "estão a ser forjados para facilitar as eleições aos socialistas nos Açores"."Não vamos deixar de lutar. Não estou satisfeito com a obra feita. Vamos fazer mais, mesmo com o Sócrates a pôr um garrote financeiro à Madeira", prometeu.Quanto a Roberto Silva, o autarca portossantesente, fez uma retrospectiva das "conquistas" e "sonhos" concretizados pelos residentes do Porto Santo na última década, "obras importantes que marcaram a época na ilha e a vontade da sua população"."Não está tudo feito, temos muitas obras a concretizar ao longo dos próximos anos", declarou, argumentando que qualquer alteração política "seria fatal para o futuro do Porto Santo".

https://www.publico.pt/2017/03/22/politica/noticia/a-cimeira-das-lajes-revisitada-um-caso-de-memoria-selectiva-1765949