31 dezembro 2024

BAJULADORES DO "VELHO ANORMAL"

Pequena ladaínha de aldrabices ridículas

https://estatuadesal.com/2024/12/30/pequena-ladainha-de-aldrabices-ridiculas/

(Paulo Silva, in Facebook, 29/12/2024, revisão da Estátua)

Três vendedores de banha da cobra




Segue um pequeno elenco de alguma da desinformação, propaganda e fake news difundidas pelos media ocidentais.

No início do conflito na Ucrânia, em fevereiro 2022, diziam que os russos não tinham equipamento pessoal e trocavam comida por sapatilhas.

Depois, a fome era generalizada nas fileiras, pelo que os combatentes russos, desmoralizados e com fome, trocavam combustível por comida…

Depois o Putin tinha 2 cancros em fase terminal, um em cada testículo…

Depois os russos só tinham munições para três dias e, no início de Março de 2022, os soldados russos matariam os seus oficiais e a Rússia desmoronar-se-ia.

Depois os russos só tinham mísseis para um mês e em Maio pediriam a paz.

Depois a economia russa conheceria uma hecatombe por causa dos 16 pacotes de sanções e, por volta de Setembro 2022, a fome, o desemprego e as falências provocariam o colapso de toda a economia russa…

Depois surgiram as aventuras fantásticas e mirabolantes do Fantasma de Kiev que abateu um sem-número de caças MIG…

Depois eram os agricultores ucranianos a rebocar tanques russos, porque os russos não tinham gasóleo…

Depois eram os russos a roubar eletrodomésticos, porque na Rússia simplesmente não existem esses artigos domésticos…

Depois os russos tiravam os chips de circuito integrado dos frigoríficos e das máquinas de lavar, para os colocar nos mísseis Kinzhal…

Depois os soldados russos estavam a combater sem meias nos pés, não tinham munições e estavam a combater com pás e com enxadas…

Depois o grupo Wagner estava a recrutar idosas com quase 90 anos…

Depois os russos estavam a usar cães vadios para atacar tanques Leopard…

Depois os russos bombardearam-se a si próprios na central nuclear que eles próprios controlam desde maio 2022…

Depois os russos sabotaram o seu próprio gasoduto cuja construção lhes custou 100000 milhões de dólares…

Depois surgiram no ar os balões espiões porque, segundo a CNN, a China está tão atrasada tecnologicamente que, para espiar os seus inimigos, ainda tem que recorrer aos balões de ar…


Na guerra, a primeira vítima é sempre a verdade… E, os mainstream media, são os maiores meios de difusão de fake news e de desinformação.

Esta mulher não presta

Miguel Castelo Branco
in Facebook, 30/12/2024

https://estatuadesal.com/2024/12/31/esta-mulher-nao-presta/



A respeito da mais sórdida intervenção que me foi dado ver num plateau televisivo, ser-me-á decerto permitido neste final de ano um saudável desabafo a respeito da abominável, nefanda e inapresentável cavalheira Helena F. Gouveia.

Acusar os pais das crianças palestinianas de inabilidade por as deixarem morrer de frio, aplaudir o assalto, as mortes e a evacuação dos hospitais pelos sicários de Netanyahu e duvidar dos números da contabilidade de crianças mortas, é algo que ultrapassa as medidas toleradas pelas narinas e pelos estômagos mais resistentes.

Esta mulher não presta. A uma ignorância sem freio e a uma notória falta de inteligência, junta uma crueldade, uma falta de escrúpulos e uma assustadora imoralidade que a colocam na categoria de hominídea, nunca da humanidade.

Deixou-se que estes monstros entrassem e dispusessem de tribuna a que em tempos se chamou liberdade de expressão, sem que alguém lembrasse que, depois de aberto o vomitório, ninguém poderia voltar a fechar a porta que leva aos espetáculos destinados à canalha e representados pela canalha.

"Negócios ao Sol"

 TVI player

investimento milionário em energia solar causa revolta no Ribatejo

30 ago 2021

Há pouco mais de seis meses, a opinião pública indignou-se com a caçada que muitos consdieraram massacre de animais de grande porte na Quinta da Torre Bela, na Azambuja.

Foram abatidos num festim privado mais de quinhentos animais num fim de semana.

Especulou-se muito, mas há desenvolvimentos. A Agência Portuguesa do Ambiente aprovou de forma condicionada a implantação de painéis solares na herdade.

A azambuja não vai ter uma, mas duas centrais fotovoltaicas, resultado de um investimento milionário, dois grandes negócios com origem na energia solar.



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PARA SALVAR O PLANETA

PLANETA AZUL

A QUE OS  <ECOVERMES
CHAMAM "PANETA VERDE"


















Esta semana dedico este espaço de opinião aos mais recentes acontecimentos no “novo” mundo do “activismo climático” português, de resto, amplamente noticiados e difundidos pela comunicação social, quero acreditar não tanto pela adesão popular a tais acções, coisa que manifestamente não têm, mas mais pela bizarria daqueles actos concretamente realizados que, demonstrativamente, visam pôr em prática uma “filosofia” – não de mentes brilhantes, mas sim dementes degenerativas – que fundamenta o movimento que representam, de seu nome: “Climáximo”. Mas ainda antes de atingirmos o “Climáximo”, como sempre – apenas com excepção da longínqua época dos “Descobrimentos” –, Portugal não passa de uma caixinha de ressonância daquilo que é processado noutros países. Uma espécie de “delay” sonoro, que se define por um sinal de entrada que se reproduz e se repete, como um eco, após um determinado período de tempo, ou seja, um sinal atrasado que pode ser reproduzido várias vezes até deixar de se ouvir, de forma natural à medida que cada nova repetição vai perdendo a intensidade, ou, de forma abrupta, perante a presença actuante de um elemento exógeno que interrompe o efeito.
Em matéria de “activismo climático”, como tem sido visível, verifica-se também a presença do referido “delay” face a outras latitudes, pelo que, não sendo uma novidade, acaba por sê-lo em território português.
As acções deste movimento, prosaicamente classificadas como “disruptivas” por alguma comunicação social, supostamente destinadas a chamar a atenção do Governo e dos cidadãos em geral para a emergência climática, têm vindo a ocorrer com uma periodicidade quase diária ao longo deste mês de Outubro. E, como é manifesto, têm cumprido com esse objectivo, chamando, de facto, a atenção de toda a gente, não por serem disruptivamente inócuas, mas, pelo contrário, serem iníquas, desafiando a lógica, insultando a inteligência, ofendendo a razoabilidade e assassinando o bom senso. Tudo isto num quadro de absoluta intolerância a quaisquer formas de pluralismo, à diferença, à divergência e ao contraditório. Tipicamente totalitários e prototerroristas na forma como pretendem impor a sua agenda neo-eco-fascista de “parar a normalidade”, como assumidamente se propõem fazer.
Todavia, este parece ser um objectivo demasiadamente ambicioso. Desde logo porque, felizmente, não há no país assim tantos “climáximos” simpatizantes dessa edificante “causa” de parar a normalidade. Até porque a ideia de parar a normalidade subjaz à vontade de a fazer substituir.
Ora, sendo o “Climáximo” um movimento inequivocamente radical, totalmente avesso à tolerância, tendo como missão parar e substituir o nosso modo de vida – o modelo civilizado de vivência em sociedade, num Estado de Direito, numa democracia liberal, moderna e que se quer avançada, na qual se insere a esmagadora maioria dos cidadãos – como expressamente vem referido no seu “site”, pretende, assim, aniquilar a normalidade, liquidar o Governo e as empresas, classificados como “instituições culpadas pelo colapso climático e pela declaração de guerra às pessoas e ao planeta” e, porquanto, considerando terem nas suas próprias mãos a tarefa de “parar de aceitar esta normalidade e sensação de falsa paz”.
Fácil será, pois, concluir que o “Climáximo” quer substituir a normalidade por uma grotesca anormalidade. E, por via de uma tenebrosa reeducação, reconduzir a humanidade ao ponto em que degenerou, i.e., ao Homem de Neandertal.
Às instituições qualificadas como “ecogenocidas” por estes autoproclamados activistas, dizendo ser necessário desarmar o horror dos seus “novos projectos assassinos”, designadamente novos aeroportos ou a expansão do gás natural, outro destino não restaria além do encerramento compulsivo, caso a normalidade fosse efectivamente parada e substituída pela anormalidade preconizada pelos desmiolados membros deste inimputável movimento, que recuso terminantemente a qualificar como cívico ou de cidadania. E, naturalmente, a prisão perpétua seria a pena a aplicar a todos os políticos e empresários, em julgamentos sumários e sem necessidade de constituição de defensor.
Mas, se por um lado estes fanáticos do clima não têm a mínima cultura democrática, patente também nas acções de rua, com cortes de estrada impedindo a circulação, perante as atrocidades que praticam em museus e galerias, tentando destruir obras de arte, como aquele ataque perpetrado a um quadro de Pablo Picasso, da colecção Berardo, em exibição no Centro Cultural de Belém, revelam, por outro lado, também não possuir o mais ínfimo resquício de cultura artística. E, finalmente, quando somos confrontados com a justificação daquele ataque, então mergulhamos num estado de loucura inimaginável, agravado por uma coreografia digna de um manicómio: sentados no chão, com uma mão na parede ao lado do quadro, gritando “Não há arte num planeta morto”.
Posto isto, deverão as autoridades agir em conformidade, levantando os respectivos autos a estes avariados do clima sempre que tal se justifique. Sejam bloqueios de estrada, sejam ataques a obras de arte, sejam atentados a governantes.
Por falar nisso, não deixa de ser muito irónico que a vítima da “Climáximo”, tenha sido um ministro de um Governo que é, ele próprio, um eco-activista. Veja-se, a propósito das anunciadas medidas para o Orçamento de Estado de 2024. Nomeadamente, o insuportável agravamento do Imposto Único de Circulação (IUC), sob e égide do clima, em que o Governo avança com aquilo a que chama de “reforma ambiental” deste imposto, castigando as famílias normais cujo rendimento não lhes permite alterar a frota automóvel actual e usufruir de novos e modernos veículos eléctricos não poluentes, como obviamente gostariam.
Talvez fosse mais correcto e certeiro, em vez de penalizar ainda mais as pessoas por serem pobres e remediadas com mais impostos (para além do IUC, também o IVA), lhes fosse possível beneficiar do não pagamento de imposto, por exemplo, não cobrando Imposto Automóvel (IA) na compra de veículos eléctricos, bem como potenciando um programa de retomas dos veículos antigos. O mesmo se aplica ao IUC, que nessas circunstâncias de aquisição de novos automóveis eléctricos, deveria ser reduzido ou mesmo “gratuito” nos primeiros anos.
Acreditará mesmo o Governo que o agravamento do IUC para automóveis com matrícula anterior a 2007 estimulará a compra de novos veículos com reduzida emissão de CO2? A sério? As mesmas famílias que todos os meses contam, desesperadamente, os poucos cêntimos que lhes sobram e que, a partir de Janeiro, irão ser gastos em saquinhos de plástico transparentes para trazerem as batatas e os tomates do supermercado?
Esta ideia da fiscalidade verde é, simplesmente, uma aldrabice.

A histeria “aquecimentista”

Sinopse  A Fraude do Aquecimento Global

O aquecimento global não é uma ameaça à humanidade – a histeria “aquecimentista”, sim! Porém, em vez de ameaça, constitui uma das maiores fraudes científicas e farsas científicas da História. A fraude do aquecimento global demonstra que as mudanças climáticas são fenômenos naturais que ocorrem há centenas de milhões de anos e contra as quais a humanidade pouco ou nada pode fazer no seu actual estágio de conhecimento, além de entender melhor a sua dinâmica e adaptar-se adequadamente a elas.

O infundado alarmismo “aquecimentista” é promovido por interesses políticos e econômicos, que transformaram um debate científico em uma obsessão mundial e uma verdadeira indústria. Por isso, o público em geral ignora que:

* não há qualquer evidência científica concreta que vincule a ação humana aos aumentos de temperaturas globais ocorridos desde o século XIX; * as temperaturas mundiais pararam de subir no final da década de 1990 e estão em queda;

* os níveis do mar já foram mais altos que os atuais;

* as atuais concentrações atmosféricas de CO2 estão entre as mais baixas da história geológica da Terra;

* temperaturas e níveis de CO2 mais altos que os atuais seriam benéficos para a maioria dos seres vivos, inclusive o homem. As temperaturas atmosféricas e oceânicas já foram mais altas e mais baixas do que as atuais e a própria humanidade surgiu durante o período Quaternário, o de mais rápidas mudanças climáticas de toda a história da Terra.

A fraude e farsa do aquecimento global está sendo manipulada para converter a atividade científica em um processo de “assembleia de consenso”, apoiado por uma mídia geralmente acrítica e anestesiada e pelos recursos técnicos de Hollywood. Por trás dela, encontram-se interesses políticos e econômicos inconfessáveis, que, enquanto promovem o aquecimento global como uma nova crença pseudocientífica, se empenham em faturar bilhões de dólares com a sua transformação em uma lucrativa indústria. Por isso, é fundamental que o alarmismo “aquecimentista” seja devidamente neutralizado.

A fraude do aquecimento global é uma contribuição para desmistificação desta grande farsa científica. Geraldo Luís Lino é geólogo, especializado na aplicação de estudos geológicos a projetos de engenharia civil e avaliações de impactos ambientais. É fundador e diretor do Movimento de Solidariedade Ibero-americana (MSIa), sendo integrante do conselho editorial da entidade. É também co-autor dos livros Máfia Verde 2: ambientalismo, novo colonialismo (2005) e A hora das hidrovias: estradas para o futuro do Brasil (2008), ambos publicados pela Capax Dei Editora. Uma exposição da maior fraude científica da história moderna e dos interesses que a promovem.



Ficha Técnica: 
ISBN: 9788598059129
Editora: Capax Dei
Dimensões: 14 x 21 cm
Páginas: 154
Idioma: Português


https://livrariadobernardo.com/a-fraude-do-aquecimento-global

30 dezembro 2024

Na economia de guerra... Quem lucra e quem perde?

https://estatuadesal.com/2024/12/30/economia-de-guerra-quem-lucra-e-quem-perde/


Carlos Matos Gomes 
in Medium.com, 27/12/2024)



Economia de guerra. A partir do momento em que os políticos europeus e americanos deixaram de poder vender aos seus cidadãos a promessa de vitória sobre a Rússia na guerra da Ucrânia, o seu discurso passou a focar-se nas vantagens económicas da guerra. O governo português alinhou pelo discurso comum, um Âmen que também é comum.

A alteração do discurso da vitória, agora com o foco nas vantagens e oportunidades da guerra, deve-se à já indisfarçável crise da economia europeia. A dos Estados Unidos é outra história.

Em termos teóricos a economia de guerra é a adaptação de um sistema produtivo nacional ao esforço requerido por um conflito. A economia de guerra transforma completamente a organização de um Estado, estabelecendo o armamento e a manutenção das forças armadas em prioridades absolutas. A situação atual na Europa não é ainda de economia de guerra, mas do que alguns teóricos designam por «economia de reservas», que se traduz numa desaceleração económica acompanhada por uma forte inflação.

É para enfrentar a contestação social previsível das sociedades europeias que os líderes europeus referem a possibilidade de uma economia de guerra substituir os empregos e a produção de riqueza que existiam antes do envolvimento na Ucrânia. Esta substituição é uma falácia. A mais evidente é que, em termos muito simples, a produção de um carro de combate não gera a riqueza da produção de um camião, ou de um trator agrícola, um Leopard não cria a riqueza de um Mercedes. Antes pelo contrário, gera despesa e esta obriga a recorrer às reservas do Estado. Quem refere carros de combate, pode referir aeronaves, um caça Mirage não gera a riqueza de um Airbus, mas despesa, e o mesmo para navios e outros sistemas de armas.

No curto prazo, a transferência de uma economia de tempo de paz para uma economia de guerra nos países da retaguarda, mesmo na versão de economia de utilização de reservas materiais e financeiras, permite manter o nível de emprego durante um tempo limitado, até a inflação tornar indisfarçável a falência do milagre e gerar desemprego em grande escala. Em tempo de guerra, o emprego dos países da retaguarda é mantido à custa dos mortos dos países em conflito direto, mas essa é a menor das preocupações de quem sobe a um púlpito para se propor salvar os seus semelhantes!

A prazo, uma economia de guerra, ou de utilização de reservas, causa empobrecimento generalizado, devido à inflação, mas no caso da economia de pequenos estados e muito dependentes, uma economia de guerra traduz-se na produção de artigos de baixo valor acrescentado, pois os de alto valor acrescentado estão reservados aos grandes estados, mas que exigem apoios estatais das reservas financeiras sem qualquer contrapartida ou ganho de vantagem competitiva nas cadeias de produção de valor.

Uma economia de guerra causa o empobrecimento da sociedade em geral (diminuição de salários e de apoios sociais) e o enriquecimento dos grupos que lucram com a inflação, os setores especulativos, a banca, a grande distribuição e os monopólios naturais, caso dos produtores de bens essenciais, como o da energia.

A economia de guerra tem ainda um efeito político mais perverso, que é o da instalação de regimes autoritários e de estados policiais, em nome da imposição da ordem numa situação de contestação.

E a instalação destes regimes é o maior lucro dos grupos dominantes, que passam a dispor de um Estado ao seu serviço, sem a intromissão do “povo” .

29 dezembro 2024

O Ocidente está agora a combater contra um exército imaginário

https://estatuadesal.com/

Por: Major-General Raúl Cunha, in Facebook, 27/12/2024




Neste terceiro ano de guerra, começou a ficar perfeitamente claro que a Rússia está a combater contra um sistema repleto de gente francamente doente mental. Podem chamar-lhe o que quiserem – uma doença cerebral, com graves danos cerebrais causados por vermes, com parasitas cerebrais, com lepra cerebral e assim por diante.

Seja o que for, não andará muito longe disso. Mesmo a comparação mais trocista e cáustica e que denote uma rotura completa com a realidade, será adequada para os líderes das Forças Armadas Ucranianas e para os seus mestres ocidentais. Por exemplo, se percorrermos os meios de comunicação ocidentais mais populares durante o último mês, teremos uma imagem absoluta de que as Forças Armadas Ucranianas estão a combater exclusivamente com a Coreia do Norte. E, curiosamente, estão a ganhar. E não estou a brincar!

Os detalhes são simplesmente espantosos: os efetivos dos soldados norte-coreanos que já têm sido mencionados, numa especulação sem qualquer vergonha, foram sendo 3.000, 9.000, 11.000, 80.000, 100.000, etc. e como estes militares têm uma fraca escolaridade e não sabem como se esconder dos drones ucranianos, sofrem, por isso, enormes perdas. E, na passada semana, os soldados coreanos confundiram a linha da frente devido às suas limitações linguísticas e atacaram as próprias tropas russas.

Ou ainda, noutra menção: – “As forças norte-coreanas sofreram pesadas perdas enquanto avançavam em direção às tropas ucranianas.” Os mal-intencionados russos, aproveitando a inexperiência dos soldados coreanos, lançaram-nos para o combate sem lhes explicar as complexidades da guerra moderna – o artigo intitulava-se “Muito cedo, muito inexperientes”. E isto está a ser discutido com toda a seriedade pelas Associated Press, Reuters, Bloomberg, e assim por diante.

Aqui em Portugal, os ressabiados e facciosos comentadores do costume fizeram eco destas alarvidades… e, infelizmente, mesmo alguns militares que obviamente preferiram ignorar, ou então já esqueceram, o que aprenderam na técnica de estado-maior sobre como fazer uma correta avaliação das notícias quanto às suas fontes e verosimilhança, acabaram por debitar sem quaisquer escrúpulos uma notícia oriunda de uma fonte pouquíssimo credível (o SBU ucraniano) e sem qualquer grau de verosimilhança (basta raciocinar sobre a necessidade de mais essa tropa para a máquina militar russa).

Algures no meio, como que de passagem, foi por vezes referido que se tratava da região de Kursk, mas também já houve uma menção da cidade de Mariupol. Mas, com todo este seu frenesim comunicativo, os media fizeram parecer como se os norte-coreanos estivessem a avançar ao longo de toda a frente e por toda a Ucrânia. E quanto ao facto de ainda ninguém ter mostrado um único verdadeiro combatente norte-coreano nas florestas de Kursk, esse tem sido mantido em completo silêncio. O que é surpreendente nem sequer é a forma como os media ocidentais dominantes “defecam” diretamente para dentro das cabeças das suas populações, mas sim em que escala! E isto é especialmente verdade quando se refere a real situação no terreno.

De acordo com relatos fidedignos de 23 de dezembro, só na região de Kursk, as forças ucranianas sofreram 300 baixas num só dia. Além disso, dois carros de combate (um deles um Abrams), três viaturas de combate de infantaria (VCI) – uma Bradley americana, uma Marder alemã e uma sueca CV-90 – foram destruídos. Três viaturas blindadas de transporte de pessoal (VBTP) – uma Stryker e duas M113, um obus de artilharia, um veículo de reparação e recuperação M-88 (EUA) e mais oito viaturas, também foram destruídas.

Se considerarmos os preços médios, então, num só dia e em apenas uma região (Kursk), a Rússia destruiu equipamento da NATO no valor de quase 30-40 milhões de dólares. Isto, claro, não inclui o custo dos combatentes ucranianos – os quais, para o Ocidente, não valem nada. Mas não aparece uma palavra sobre isso nos grandes meios de comunicação ocidentais. O exército russo é geralmente apenas mencionado no contexto da sua “fuga da Síria” – e esta constitui outra “narrativa de propaganda”.

Neste final de 2024, o Ocidente alargado subitamente enlouqueceu em massa, inventou um inimigo imaginário e começou a combatê-lo intensamente nas estepes da Ucrânia. É tudo uma questão de “soft power”, que é muito forte no Ocidente e dado que este não pode admitir a sua vergonhosa derrota no campo de batalha. Assim, as barreiras de propaganda designadas por “soft power” foram concebidas para esconder a situação real. E, portanto, no Ocidente não somos apenas fracos, estamos também a ficar podres até à medula.

É evidente que os nossos líderes, além de incompetentes, estão extremamente “stressados”, isto porque os povos que oprimiram e humilharam durante séculos, finalmente deixaram de ter receio deles e passaram a exigir tudo. É por isso que o Ocidente incha como um sapo para parecer maior e mais assustador do que realmente é. É por isso que continua a criar uma realidade virtual paralela. É a sua última e única defesa. A história das inexistentes tropas norte-coreanas é a sua mais recente tentativa de se apresentarem como fortes. Mas, na verdade, estão “borrados” de medo.

Basta ter presente o seguinte: A Rússia já destruiu 650 aeronaves na Ucrânia. Em toda a NATO (incluindo os EUA), provavelmente existem menos de mil aeronaves multifunções utilizáveis. A Rússia destruiu cerca de 19 mil carros de combate e outras viaturas blindadas. Em toda a NATO, existem provavelmente menos de mil carros de combate em condições de serem utilizados.

O Ocidente alargado ficou tão entusiasmado com a realidade virtual que já nem sequer sabe as quantidades do que tem e, desses meios, quais os que estão em condições de funcionamento. A sua aventura na Frente Leste revelou impressionantes falsificações e muita corrupção no âmbito da manutenção da prontidão para o combate. Isto ficou evidente quando, por exemplo, a Espanha relatou que tinha mais de trezentos carros de combate nas suas forças mas, na realidade e face a um pedido urgente, não conseguiu enviar nem cinco para a Ucrânia. Só depois de uma grande e longa reparação. Mesmo assim, enviou apenas 20 carros no total. Imaginemos só se a Rússia passasse um ano a reparar 20 das suas viaturas para depois poder ir para a Ucrânia combater com elas.


A história das fantasmagóricas tropas norte-coreanas mostrou que o todo-poderoso “soft power” do Ocidente não é assim tão ilimitado. A Rússia tem vindo a esbofetear de tal modo o orgulho do Ocidente, que este, de tão amarfanhado, deixou de poder continuar a travar com êxito uma guerra de informação.

E por isso mesmo, houve que inventar um outro e novo exército para poder combater com esse, o que, de algum modo, até é mais seguro, pois tropas imaginárias não conseguem destruir tantos meios de combate, como as forças russas reais conseguem.

Certo é que estas manigâncias e contos da carochinha podem levar a que o Ocidente e a Ucrânia percam definitivamente a guerra da informação. Ambos começaram simplesmente a sua fuga desta frente. Só falta acabar por acontecer o mesmo no terreno.